quarta-feira, 25 de julho de 2012

DURA PROVINCIA DE BABILÔNIA


“O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha sessenta côvados de altura e seis de largura; levantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia.” (Daniel 3:1)

O contexto no qual podemos inserir o capítulo 3 de Daniel é o período que vai entre 595 e 590 antes de Cristo. Em Jerusalém tínhamos como rei o terceiro filho de Josias, Zedequias, colocado no trono já por intermédio dos babilônios. O rei Zedequias foi muito criticado por Jeremias pela sua incapacidade de ser fiel a Deus.

O reino de Babilônia era dividido em províncias. Daniel foi nomeado governador sobre todas as províncias e permaneceu na capital do império. Atendendo a um pedido seu, o rei concordou que seus companheiros assumissem cargos políticos importantes no reino e, por isso, separaram-se: “E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei” (Dn 2.49).

Nabucodonosor foi poderoso em Babilônia. Entre os seus feitos está a destruição de Jerusalém e a profanação da Casa de Deus, cujos utensílios sagrados foram saqueados e levados para templos pagãos.

Seu poder se avolumou de tal maneira que perdeu a noção de sua humanidade, fazendo-se deus e obrigando o povo a curvar-se diante da imagem que levantou. Quem não o fizesse seria lançado à morte na fornalha de fogo ardente...

A imagem do rei Nabucodonosor foi levantada no campo de Dura, distante cerca de dez quilômetros da Babilônia.

Mas, Nabucodonosor, sofria uma grande revolta provocada pelos súditos na própria terra. Esse pode ter sido o motivo que o inspirou a construir a grande estátua de ouro, na planície de Dura, representando o rei, a qual todos os súditos foram convocados para adorá-la. Sadraque, Mesaque e Abdenego eram pessoas da administração de Nabucodonosor, levadas para o exílio na primeira deportação de Jerusalém. Por não atenderem ao pedido do rei Nabucodonosor são condenados à fornalha. 


Porém eles, milagrosamente, ficam ilesos ao fogo e por fim o rei Nabucodonosor acaba bendizendo o Deus dos judeus e promulga um decreto: “Todo aquele que falar com irreverência contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abdenego, pertença ele a qualquer povo, nação ou língua, seja feito em pedaços e sua casa seja reduzida a escombros, pois não há outro deus que possa libertar dessa maneira”(Daniel 3,29).

Tudo indica que Daniel não estava presente ou foi dispensado de ter que demonstrar sua lealdade ao rei devido à sua elevada posição.

• Onde ficava Dura?
Creio que não podemos afirmar com certeza onde era o Campo de Dura. Obermeyer sugere que tal localidade fica perto de Nahr Dura, um pequeno afluente do Eufrates, a uns 10 quilômetros no sul de Babilônia. Contudo a sua tese não é provada. A literatura rabínica (Tamude de Babilônia, Folio 92a) diz que a planície de Dura vai do rio Eshel até Rabbath. É interessante notar que a mesma fonte diz que foi neste lugar que Ezequiel profetizou aos “ossos secos” (Ezequiel 37)


segunda-feira, 23 de julho de 2012

SOMOS REIS E SACERDOTES, OU NÃO?


Todo começa com a Palavra de Deus e sobre a raça humana diz: "Façamos o homem a nossa imagem e semelhança, e domine...".
No primeiro momento da criação, o homem foi feito para dominar, para reinar.
Em seguida, quando o Senhor fala com Israel no Sinai, diz-lhes: "E vós me sereis um reino de sacerdotes e nação santa" (Ex. 19:6). O seu povo foi chamado com este propósito. E mais tarde, quando o propósito do Senhor se desenvolve no Novo Testamento, já não se diz: "Ser-me-eis...", mas o Espírito Santo diz claramente através do apóstolo Pedro: "Vós sois linhagem escolhida, real sacerdócio, nação santa" (2:9).
E em Apocalipse tudo se confirma quando diz: "Ao que nos amou e nos lavou dos nossos pecados com o seu sangue, e nos fez reis e sacerdotes para Deus seu Pai" ("Fez-nos um reino de sacerdotes") (1:6). Em seguida nos céus, em Apocalipse capítulo 5, diante do trono do Senhor, proclama-se a grande voz: "Digno é, Senhor, de abrir o livro e de desatar os seus sete selos, porque tu fostes imolado e com o teu sangue nos remiste para Deus, e nos tem feito reis e sacerdotes, e reinaremos sobre a terra". Glórias ao nome do Senhor!
As Escrituras dizem que o Senhor é o Rei dos reis (Ap. 19:16), e esses reis somos nós! Ele é o Rei, e quer que nós também reinemos com ele. "Bem-aventurado e santo o que tem parte na primeira ressurreição, porque eles serão sacerdotes de Deus, e reinarão com ele mil anos" (Ap. 20:6), e mais ainda: "…reinarão pelos séculos dos séculos" (22:5).
De tal maneira, irmãos, que as circunstâncias, as fraquezas e até os fracassos do tempo presente, não são o fim da nossa vida. Os tratamentos, dores e dificuldades, são apenas pequenos parênteses, pois quando se cumprir o pleno propósito do nosso Deus, no final da nossa carreira, estaremos com ele, reinando pela eternidade!
A Sua Palavra nos enche de esperança, e podemos suportar as provas do dia presente, podemos nos animar no Senhor, e deixar para trás toda fraqueza.
Às vezes tomamos a fraqueza como uma virtude. E em certo sentido o é, porque todos nós precisamos ser quebrantados. O apóstolo Paulo diz: "Quando sou fraco, então sou forte". O que devemos experimentar é uma fraqueza quanto à força natural. Sempre procuraremos que a glória seja do Senhor; portanto, a energia e a inteligência humana devem passar pela cruz. Mas, no propósito do Senhor, ele necessita de servos e servas cheios do Espírito Santo, ele necessita de reis e sacerdotes.
Não se pode conceber um sacerdote fraco, nem um rei fraco. Um rei tem autoridade e poder, e um sacerdote também tem autoridade e poder no sentido espiritual. Muitas vezes nos conformamos com muito pouco, e só procuramos o Senhor por causa de algum problema que desejamos solucionar. Não nos lançamos para que seja o Senhor quem obtenha o que ele quer de nós. Se for este o caso, corremos o risco de chegar a sermos pessoas 'utilitárias'. É como dizer: 'Bem, busco a Deus porque tenho esta ou aquela necessidade. Estou buscando o Senhor porque quero lhe tirar algo, eu quero ganhar algo'.
Irmão, a saúde e as benções materiais são acréscimos. O mais importante é que o Senhor reine, que ele seja o centro das nossas vidas, que ele governe em nós.
Então, não sejamos como Adão, que se desviou do caminho. Ele foi chamado para que reinasse e dominasse; mas ele próprio se tornou escravo. Nem sejamos como Israel, que foram chamados por Deus para ser um reino de sacerdotes e nação santa, e eles foram atrás da idolatria, enredaram-se em tradições religiosas, e quando veio o Messias, o seu Salvador prometido, não foram capazes de lhe reconhecer, e terminaram perdendo o reino (Mt. 21:43).
Irmãos, como igreja, como povo do Senhor, como filhos redimidos pelo sangue do Cordeiro, temos uma honra muito grande: estamos invocando o Nome que é sobre todo nome. Você e eu temos um privilégio imenso, pois temos nos aproximado do Deus vivo e verdadeiro. Temos sido íntimos, amados do Senhor, e nossa honra é estarmos disponíveis para o seu serviço.
Deus quer ganhar a ti. O Senhor quer ter, em cada um de nós, um rei e um sacerdote, um sacerdote real. Vivemos no meio de um mundo desesperado. Nestes dias, nosso país tem sido estremecido pela violência. O mundo inteiro está sendo estremecido.
Al Gore, um ex-vice-presidente dos Estados Unidos, autor do livro e do documentário "A verdade incômoda", acaba de obter o prêmio Nobel da Paz por causa do seu trabalho que denuncia os terríveis efeitos do aquecimento global que esta afetando o planeta em seu conjunto. Gore denuncia dramaticamente que o homem está destruindo a terra. Neste momento o planeta está se superaquecendo, estão derretendo os gelos polares e são esperadas mudanças climáticas desastrosas para a humanidade. Caso continue o atual estado das coisas, teme-se que daqui a trinta anos, muitos lugares do planeta estarão praticamente inabitáveis.
O mundo está desesperado, e é bom que nós, como igreja, tomemos consciência da nossa responsabilidade. A igreja terá uma função de protagonista no fim dos tempos.
Você e eu somos chamados hoje para a uma frente de batalha. Estamos sendo chamados a nos vestir das armas da luz, a lutar as batalhas do Senhor nos últimos tempos. Não para formar um movimento ecológico de defesa da terra, nem para levantar panfletos exigindo mudanças sociais para quem ostenta o poder político.
Nós somos chamados para vestir as nossas vestimentas sacerdotais. Porque o propósito do Senhor não é só ter um pecador salvo. Ele necessita de um sacerdote! Lavou-nos dos nossos pecados, para nos constituir, a você e a mim, em sacerdotes. Assim está escrito.
Irmão, um sacerdote é um homem que tem uma alta responsabilidade espiritual. Um sacerdote é um homem, uma mulher, que pode fazer mudar o curso da história; é alguém que pode deter a ira de Deus, que pode trazer salvação a outros. Um sacerdote é alguém que pode abrir as porta a alguém que está perdido, a um extraviado, a um ignorante. Um sacerdote não pode se dar ao luxo de cruzar os braços observando como o mundo acaba.
Isto me lembra uma passagem dramática do Antigo Testamento. Por causa do pecado que havia no povo, começou uma mortandade. Moisés suspende a sua oração e ordena a seu irmão: 'Arão, toma o incensário e vai logo para a congregação!
A mortandade já começou!'. Imagino a cena. Arão se apressa, corre com o incensário, e fica entre os vivos e os mortos. E cessou a mortandade! Ele agiu rápido, porque se ele como sacerdote tivesse atuado com negligência, muitos do povo de Deus teriam somado aos já mortos. "E ficou entre os mortos e os vivos" (Números 16:45-50). Meu Deus, Senhor! Supõem-se, irmãos, que nós sejamos os vivos; nós somos os que temos a vida eterna, os que temos a vida de Cristo.
Recebemos o Senhor em nossos corações; você tem um tesouro que aqueles que estão morrendo não têm. Você tem a vida! Você tem a Cristo, você tem o incensário com o fogo do altar e o incenso do Espírito. Você e eu somos os que tem que correr! Aonde vamos com esta corrida? Ao trono da graça, onde se alcança misericórdia e se acha graça para o oportuno socorro (Heb. 4:16)
A função do sacerdote
"Porque todo sumo sacerdote tirado dentre os homens é constituído a favor dos homens no que se refere a Deus, para que apresente ofertas e sacrifícios pelos pecados; para que se mostre paciente com os ignorantes e extraviados...E ninguém toma para si esta honra, mas sim o que é chamado por Deus, como foi Arão" (Heb. 5:1-4).
Que fique gravada em nós esta palavra: "...constituído a favor dos homens no que se refere a Deus". Você e eu fomos constituídos a favor do restante dos homens no que se refere a Deus. Então, temos ou não responsabilidade para com esta cidade, com o nosso país, e com o mundo? Aqueles sacerdotes apresentavam as suas ofertas e sacrifícios a favor das pessoas. O que nós apresentamos? O sacrifício perfeito de nosso Senhor Jesus Cristo. Somos sacerdotes, e vamos diante do Pai no nome e pelos méritos do nosso bendito Salvador, quem por sua vez é o nosso Sumo Sacerdote. Aleluia!
"...para que se mostre paciente com os ignorantes e extraviados". Uma característica de um sacerdote, então, é que se mostre paciente com os perdidos. Humanamente falando, somos peritos em desqualificar os outros. Não somos pacientes; a paciência não é uma virtude do homem. Mas "Cristo em nós" sim é. Então temos que orar uma e outra vez, temos que clamar uma e outra vez, por aqueles que estão nas trevas. O nosso trabalho não é condenar, mas interceder. E o faremos por toda a vizinhança, por toda a cidade. Hoje sairemos daqui vestidos como sacerdotes.
"E ninguém toma para si esta honra". Arão foi chamado a exercer o sacerdócio. Nós fomos chamados à comunhão com o Filho de Deus, com alguém maior que Arão: Jesus é o nosso grande Sumo Sacerdote. "E ninguém toma para si esta honra...". Irmão, olhe como o Senhor te honra fazendo da sua pessoa um sacerdote!
Quantas vezes o inimigo, Satanás o diabo, procurou esmorecer o nosso sacerdócio. O sussurro do mentiroso é: 'Deus não te ouve'. Tenta nos fazer crer que oramos para o ar e que a nossa oração não vai a nenhum lugar. Um dos seus melhores triunfos consiste em debilitar a nossa vida de oração, pois sabe do poder que por ela é realizada. Levantemo-nos hoje para proclamar que o nosso Senhor Jesus Cristo "despojou os principados e potestades, exibiu-os publicamente, triunfando sobre eles na cruz"! (Col. 2:15).
Toda mentira seja esmagada no nome do Senhor Jesus. O Senhor tem dito: "Ninguém vem ao Pai senão por mim". E quando você diz: 'Pai, venho a ti no nome do Senhor Jesus', as portas dos céus se abrem, e Deus ouve a oração. Quem fez o ouvido, não ouvirá? Te ouvirá! Um profeta da antigüidade, consumido na fraqueza, disse: "O meu Deus me ouvirá" (Miquéias 7:7).
Uma intercessão permanente
"E isto é ainda mais manifesto, se a semelhança de Melquisedeque se levanta um sacerdote distinto, não constituído conforme à lei do mandamento a respeito da descendência, mas segundo o poder de uma vida indestrutível" (Heb. 7:15-16). Que palavra mais linda!
E o único que tem uma vida indestrutível, pois a morte foi incapaz de lhe reter, é o nosso Senhor Jesus Cristo, e ele vive em nossos corações. A indestrutível e poderosa vida do Senhor está em ti e em mim, nos sustentando para exercer o nosso sacerdócio! Conheça esta vida, irmão, está em ti, porque Cristo vive pela fé em nossos corações!
"Pelo qual pode também salvar perpetuamente os que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles" (V. 25). O sacerdote não tem outra razão de viver: vive sempre para interceder. O que vamos fazer irmãos, pelo resto de nossa vida? O céu está esperando orações dos seus sacerdotes a favor dos homens, para que se complete o número dos que hão de crer no Senhor e para que ele obtenha a sua igreja gloriosa (Ef. 5:27).
Oremos por nossos jovens, para que os seus corações sejam livrados do mundo e de uma vez cativados pelo Senhor. Vivemos rodeados por inúmeras distrações. O mundo foi feito para chamar a atenção de tal forma que nos neutraliza. E tudo parece tão bom e cobiçável (Gên. 3:6), mas o seu fim é a morte. Que o Senhor socorra a todos, especialmente os nossos jovens.
A nossa primeira prioridade tem que ser a comunhão íntima com o Senhor. O Senhor nos socorra como igreja. Irmão, onde você tem suas vestimentas sacerdotais? Estão atiradas no sótão? O Senhor necessita dos seus sacerdotes reias em ação!
Ai irmão! Quantos cristãos vivem se queixando, ou distraídos, vivendo sem objetivo! Você tem se desviado do objetivo esboçado pelo Senhor desde Gênesis a Apocalipse? Por onde você anda? Voltemos para o caminho reto traçado pelo Senhor, porque ali está o gozo, a satisfação, aí está a realização, a honra e a nossa glória, porque ser um sacerdote é uma honra. É um privilégio ter acesso a Deus. Qualquer um não entra. São poucos os que conseguem entrar. Se dá conta disso? E você está entre esses poucos! Não prive o resto dos homens! Muitos podem achar graça diante de Deus como resultado da nossa intercessão.
O profeta Samuel disse: "...longe esteja de mim que eu peque contra Jeová cessando de rogar por vós" (1 Samuel 12:23).
Porque não orar é pecado para um sacerdote. Porque o seu trabalho, a sua função, é ir diante do trono. Irmão, você irá, e será ouvido!
Diz a Escritura que o Senhor entrou no Lugar Santíssimo uma vez e para sempre, e obteve eterna redenção. Quando você vai, obtém algo. O Senhor obteve redenção eterna; você e eu vamos obter respostas a favor de outros, e a colaborar com Deus no cumprimento do seu propósito eterno. "Tendo obtido eterna redenção" (Hebreus 9:12).
Por nós
”Porque não entrou Cristo em um santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio céu para apresentar-se agora por nós diante de Deus” (Hebreus 9:24).
Se tomarmos esta palavra só no sentido do nosso benefício e agradecermos ao Senhor por apresentar-se por nós diante do Pai, tal atitude delataria a nossa infância espiritual, e então nos relaxamos em um doentio estado de passividade. Graças ao Senhor, pois ele cumpriu o seu serviço a nosso favor, mas ele quer que agora você também entre, que você também se apresente por outros!
Estamos frouxos, estamos acrisolados? Isto ocorre quando os 'joelhos estão paralisados'. Que o Senhor nos repreenda por isso, que o Senhor nos impulsione, e que busquemos uns aos outros para orar. Sempre acharemos socorro no corpo de Cristo.
Os sacerdotes não estão intercedendo, os sacerdotes estão com o éfode guardado. E depois nos queixamos! Peçamos ao Senhor que nos socorra poderosamente! Amados irmãos, nós deveríamos ser verdadeiras tochas ardentes. Que ocupemos este privilégio que temos, esta honra de sermos sacerdotes. Sejamos um povo temeroso de Deus, um povo sábio que procura o seu Deus e que obtém respostas a favor dos homens diante de Seu trono.
O Senhor nos está dizendo: 'Olhe, eu não tenho nenhum problema em te abençoar. Eu posso te curar; o que me custa fazê-lo? Posso te dar coisas materiais'. O Senhor é dono de todo o ouro do mundo; todas as riquezas são dele! Mas ele quer primeiro ganhar o nosso coração.
A um menino pequeno, você lhe daria tudo? Espiritualmente dizendo irmãos, será que estamos em um nível de bebês, esperando sempre receber?
Somos os que vamos interceder por este mundo. O que fará o Senhor? Não sabemos. Não sabemos se a mudança climática será detida. Antes, temamos, pois a Escritura diz que "os céus passarão com grande estrondo e os elementos ardendo se desfarão, e a terra e as coisas que nela há serão queimadas" (2ª Pedro 3:10).
Conservar-se-ão as belas geleiras da Lacuna São Rafael, no sul do Chile? Ao Senhor interessam-lhe as almas dos homens! E Deus vai permitir aflições, dores, e torturas na terra e úlceras tremendas, para que os homens se humilhem diante dele (Ap. 16: 8-11). Interessam-nos as almas!
O Senhor Jesus não veio salvar os rios da contaminação; ele veio salvar os homens da contaminação do pecado. Interessam-nos as almas dos homens. Embora esta terra ardesse como um inferno, importa-nos que os homens se salvem e vão com o Senhor, e que o Seu nome seja exaltado e glorificado, porque nós fomos constituídos a favor dos homens no que se refere a Deus.
Irmãos, se apenas esta palavra ficar gravada, não importa que se esqueçam de todo o resto que temos dito hoje: Você e eu fomos constituídos sacerdotes, segundo o poder de uma vida indestrutível, (a vida de Cristo) a favor dos homens no que se refere a Deus.
Para concluir, lembremos que o nosso serviço sacerdotal é permanente e não tem fim. Desde que o sumo sacerdote Arão foi ungido como tal, serve no santuário até o último dia de sua vida, e só morreu quando Moisés, por ordem divina, despojou-lhe das suas vestimentas sacerdotais. A sua vida estava sustentada pelo serviço; sem ele, já não havia mais razão para viver (Números 20:22-29). Que assim seja pelo resto de nossas vidas na terra, e em seguida, quando passarmos a tomar o nosso lugar junto ao nosso Senhor, seguiremos sendo seus servos, seus sacerdotes… por toda a eternidade.  Bendito seja o seu santo Nome.

terça-feira, 10 de julho de 2012

A ORAÇÃO QUE DUROU CEM ANOS


FATO:
Uma Comunidade chamada Herrnhut na Saxônia, do povo Morávio,  iniciou uma “vigília de oração” em 12 de maio de 1727 que continuou sem parar por mais de cem anos.
Durante seus primeiros cinco anos de existência a comunidade mostrava poucos sinais de poder espiritual era como uma igreja fria com muito desentendimento entre seus membros devido as diversas origens religiosas entre eles. Nos primeiros meses do ano de 1727 a comunidade que tinha  cerca de 300 pessoas foi destruída por discórdias e brigas.

Nessa Comunidade tinha um homem nobre criado na riqueza mas fiel a Deus, este era o Conde Zinzendorf, ele reuniu o povo e incentivou-os a buscar a Deus em oração e concordaram em orar e trabalhar pelo avivamento. Em 12 de maio houve uma transformação no meio deles. Os cristãos foram iluminados com uma nova vida e poder, as dissensões desapareceram e os incrédulos foram convertidos.
Olhando para trás, para esse dia e para os quatro meses gloriosos que se seguiram, Zinzendorf comentou mais tarde: "O lugar inteiro representava verdadeiramente uma habitação visível de Deus entre os homens."
Um espírito de oração foi imediatamente evidente na comunhão e continuou durante todo esse "verão de ouro de 1727," como os morávios passaram a designar o período. Em 27 de agosto do mesmo ano, 24 homens e 24 mulheres concordaram em passar uma hora a cada dia em oração programada.
Alguns outros se alistaram na "intercessão de hora em hora."
"Por mais de cem anos os membros da Igreja Morávia compartilharam esse momento de oração de ‘hora em hora.’ Em casa e no exterior, em terra e em mar, este relógio de oração subiu incessantemente ao Senhor", declarou o historiador A.J Lewis.
The Memorial Days of the Renewed Cbhurch of the Brethren publicado em 1822, 95 anos após a decisão de iniciar a vigília de oração, curiosamente descreve o movimento em uma frase: "O pensamento atingiu alguns irmãos e irmãs que eles separaram algumas horas com o propósito de orarem de modo que em todas as estações do ano pode ser lembrado de sua excelência e eles seriam induzidos pelas promessas anexadas à fervente oração e o perseverante derramar de seus corações diante do Senhor."
A revista ainda cita a tipologia do Velho Testamento, como garantia para a vigília de oração: "O fogo arderá continuamente sobre o altar, não se apagará.” (Levítico 6:13), assim uma congregação é um templo do Deus vivo, onde ele tem o fogo no seu altar, a intercessão de seus santos deve incessantemente subir até ele.
Esta vigília de oração foi instituída por uma comunidade de crentes cuja média de idade era provavelmente, cerca de trinta anos. O conde Zinzendorf tinha 27.
A vigília de oração por Zinzendorf e a comunidade dos Morávios sensibilizou-os para a missão inédita de alcançar outros para Cristo. Seis meses após o início da oração, os Morávios aceitaram o desafio da ousada evangelização, visando as Índias Ocidentais, a Groenlândia, a Turquia e Lapônia. Alguns eram céticos, mas Zinzendorf persistiu. Vinte e seis morávios se adiantaram e no dia seguinte se apresentaram como voluntários para missões mundiais, onde o Senhor os chamou a ir.
As façanhas que se seguiram, são certamente numeradas entre os momentos altos da história cristã. Nada intimidou Zinzendorf e seus arautos, servos de Cristo. Nem prisão, naufrágio, perseguição, ridicularização, peste, miséria, e nem ameaças de morte. Um de seus hinos reflete sua convicção:
Embaixador de Cristo, Sabeis o caminho que dever ir?                                                                                   Ele leva para dentro das mandíbulas da morte, É cheio de espinhos e dor.
Historiadores da Igreja olham para o século XVIII e maravilham-se com o Grande Despertar da Inglaterra e da América, varreram centenas de milhares no Reino de Deus. John Wesley figurou em grande parte nesse movimento e muita atenção foi dada a ele. Através deles o curso da história foi alterado.
Uma pergunta que deve ser feita por parte dos cristãos do século XX: Devemos também orar por missões? No caso da evangelização mundial, especificamente para atingir aqueles que, nas palavras de Zinzendorf, "aqueles a quem ninguém se importa."
Ressultado:
Em 1791, 65 anos após o início dessa vigília de oração, a pequena comunidade Morávia tinha enviado 300 missionários até os confins da terra.

Um pouco da história do Conde:
Zinzendorf nasceu no ano 1700 em riqueza e nobreza. A morte de seu pai e o casamento subseqüente de sua mãe o fez ser criado pela avó e tia, cujo fervor pietista evangélico marcou seu coração para as questões espirituais. Seu ensino inicial foi reforçado por uma educação formal. Na idade de dez anos, ele foi enviado para estudar em Halle, onde se aprofundou no âmbito do ensino inspirador do grande luterano pietista August Hermann Francke. Na Universidade de Halle, Zinzendorf se uniu com outros jovens dedicados, e dessa associação surgiu a "Ordem do Grão de Mostarda", uma fraternidade cristã comprometida com amor por "toda a família humana" e para difundir o evangelho.
Seu chamado

De Halle, Zinzendorf foi para Wittenberg para estudar Direito, em preparação para uma carreira no serviço público, a única aceitável para um nobre. Mas ele estava infeliz com suas perspectivas para o futuro. Ele desejava entrar no ministério cristão, mas quebrar a tradição da família seria impensável. A decisão pesou muito em sua mente até 1719, quando um incidente durante uma turnê pela Europa mudou o curso da sua vida. 


Ao visitar uma galeria de arte, ele viu uma pintura (Homo Ecce de Domenico Feti) que mostra Cristo suportando a coroa de espinhos, com uma inscrição que dizia: "Tudo isso eu fiz por você, o que você está fazendo por mim?" Essa experiência teve um profundo impacto não só sobre a sua vocação futura, mas também em sua formação teológica e espiritual



quinta-feira, 5 de julho de 2012

FOGO NO PARANÁ EM 1963


Eu tinha cinco anos de idade e ainda tenho vivo na memória as cenas de meu pai e meus tios jogando água com baldes em cima do telhado feito de tabuinhas da nossa casa em Briolândia no município de Ortigueira  para escapar do fogo que passava próximo de casa e dava para ouvir o estrondo do bambuzal parecendo fogos de artifício daquele que foi um dos maiores incêndios florestais já assistidos sobre a face da Terra e que aconteceu no Paraná em Agosto de 1963.

Os cerca de 128 municípios que foram atingidos pelo fogo brutal e descontrolado, mal desconfiavam do perigo desse dia tenebroso que vinha ardendo e devorando 600.000 alqueires de Matas Virgens Nativas, evaporando regatos, reduzindo à cinzas e brasas no calcinar de milhares de alqueires de Pastagens, Lavouras, Casas, Serrarias e até mesmo Ferrovias engolidas com suas Estações inteiras.

Sem contar Ranchos, Paióis de Milho, Colheitas Prontas, Postes de Eletricidade e Fiação, Barcos, Ferramentas, Motores, Armas, Caminhões, Bicicletas, Charretes, Tratores, Combustível, Automóveis, Motocicletas, Animais de estimação como Cães, Gatos e Aves. Criações inteiras de Porcos e Gado, Cavalos, sem contar os milhões e milhões de Pássaros, Insetos, Felinos, Cervídeos e outros animais selvagens e rasteiros afetados pela fumaça ou pela expulsão a fogo de seu Habitat Natural.

Pertences inestimáveis e irrecuperáveis  como Fotos, Roupas, Utensílios, Mobília e casas inteiras, além das Memórias pessoais de milhares de moradores.
Somente uma única das Indústrias do ramo madeireiro, a Klabin do Paraná, teve nesses dois meses de incêndios contínuos, cerca de 90% de seu patrimônio estocado “ao tempo” completamente devastado pelas labaredas explosivas, que destruiu também as plantações de bosques imensos dos Pinheiros-do Paraná, a elegante Araucária Angustifolia.

Essa tragédia, de porte gigantesco, por "sorte", matou "somente" 100 pessoas. Os estudiosos dizem que é devido à baixíssima densidade de habitantes/km²; eu, que estava lá com minha família, digo que foi a mão de Deus que esteve presente em meio as chamas. 
Ainda vou contar para vocês a história do Osório dos Santos e como Deus o livrou do fogo.